Doce sob medida

Depois da refeição, no meio da tarde ou logo pela manhã. Você já parou para pensar o quanto consome de açúcar ao longo do dia? No bolo, no chocolate, na torta, no mousse ou, simplesmente, para deixar menos amargo o cafezinho. De um jeito ou de outro, essa especiaria faz a cabeça de muita gente.

Mas alto lá! Açúcar consumido em exagero contribui para cáries e obesidade. Para evitar que isso aconteça e experimentar apenas os benefícios do doce, o importante é moderar o consumo.
Substituir o açúcar refinado pelo mascavo ou pelo de beterraba e comer uma fruta na sobremesa, em lugar de doces, são saídas interessantes que podem ajudar na obtenção de uma dieta alimentar saudável.
"O açúcar contém substâncias que estimulam o organismo a produzir uma substância - serotonina -, que leva à sensação de prazer e bem estar", explica Rosana Cardoso, nutricionista do Hospital Israelita Albert Einstein.

Chocolate: um vilão?

Um dos doces mais consumidos no mundo é o chocolate. Os Maias, Toltecas e Aztecas, povos que descobriram a guloseima 1.500 anos a.C, no Golfo do México, o consideravam o alimento dos deuses.
Isso ajuda a entender porque milhares de pessoas se autodenominam viciadas no doce, os chamados "chocólatras". De acordo com Rosana, além da sensação de bem-estar, o chocolate ajuda a combater a depressão e a ansiedade. No entanto, é preciso estar atento: o chocolate possui alto teor de gordura e açúcar, substâncias danosas à saúde.
"A OMS (Organização Mundial de Saúde) recomenda o consumo de chocolate no limite de 50g por dia, ou seja, um tablete pequeno", avisa. Essa é a quantidade ideal para aproveitar os benefícios desse alimento e fugir dos exageros. Para não ter mais dúvidas sobre o consumo de chocolate, conheça quando pode fazer bem e quando deve ser evitado.
Entre os benefícios, o chocolate contém as vitaminas A, B, C, D e E e minerais como fósforo e ferro. Mas nunca exagere, pois além do alto teor de açúcar, o chocolate também apresenta uma quantidade significativa de gordura vegetal hidrogenada, que compõe a famosa gordura trans. Quando consumida em demasia, essa gordura pode contribuir para elevar os níveis de colesterol, aumentando o risco de doenças cardiovasculares.

Crianças e doces

O consumo de chocolate e doces de um modo geral, não deve ser estimulado pelos pais. "É difícil proibir já que é um alimento saboroso", afirma a nutricionista. Uma boa saída é o diálogo. É importante que os pais conversem com as crianças e expliquem sobre a necessidade de uma boa alimentação. Dizer que elas estão em fase de crescimento, que precisam de diversos nutrientes e que o chocolate e doces não tem todas as substâncias de que ela necessita, são argumentos fortes que ajudam a convencer a turma.
Substituir refeições por chocolate é outra atitude a ser proibida pelos pais. "O ideal é que o produto seja liberado em quantidades e frequência controladas", enfatiza a nutricionista. Atenção também à saúde bucal dos pequenos. O consumo de doces pode contribuir para o aparecimento de cáries. Assim, é bom estar de olho na escovação dos dentes após a deliciosa sobremesa.
Evite doces e chocolates até o primeiro ano de vida. Nos primeiros seis meses, o bebê só precisa do leite materno, que contém quantidade de lactose (açúcar específico do leite) e outros nutrientes na quantidade necessária para o recém-nascido. A partir dos seis meses, sucos e papinhas podem ser introduzidos na alimentação do bebê, mas sem adição de qualquer tipo de açúcar. Dessa maneira, a criança não desenvolve o hábito ao sabor doce.

Quem tem diabetes

Pessoas que sofrem de diabetes devem ficar atentas ao consumo de glicose e sacarose, açúcares rapidamente absorvidos pelo organismo. Por isso, mesmo que os produtos sejam ligths ou diets é importante ler com atenção o rótulo para observar qual é o teor de açúcar no alimento.
De um modo geral, a orientação é evitar todos os tipos de doces, refrigerantes, bebidas alcoólicas e pães. Frutas devem ser consumidas com frequência substituindo sobremesas com alto teor de açúcar. Consultar um nutricionista é imprescindível para que o diabético possa seguir uma dieta saudável.

(Fonte: http://www.einstein.br/einstein-saude/nutricao/Paginas/doce-sob-medida.aspx)